sábado, 5 de abril de 2014

Devaneio sobre a morte


A MORTE NÃO EXISTE

por John McCreery


Não existe a morte. Os astros se vão 

Para surgirem em outras terras e 

Sempre brilhando no diadema celeste, 

Espalham seu fulgor incessantemente. 

Não existe a morte. O chão que pisamos 

Converter-se-á pelas chuvas estivais, 

Em grãos dourados; em doces frutos; 

Em flores que luzem suas policromias. 

Não existe a morte. Embora lamentemos 

Quando o corpo denso de seres queridos 

Que aprendemos a amar, sejam levados 

De nossos amorosos braços, agora vazios. 

Eles não morreram. Apenas partiram, 

Rompendo a névoa que nos cega aqui; 

Para nova vida, mais ampla, mais livre, 

De esferas serenas, de brilhante Luz. 

Embora invisíveis aos nossos olhos; 

Continuam nos amando. Estão connosco. 

Nunca esquecem os seres queridos, 

Que pelo mundo, atrás deixaram. 

Não existe a morte. As folhas do bosque 

Convertem em vida o ar invisível; 

As rochas se desintegram para alimentar 

O faminto musgo que nelas se agarrou. 

Não existe a morte. As folhas caem; 

As flores murcham e desaparecem; 

Esperam apenas durante as horas hibernais 

O retorno do suave alento da Primavera. 

Embora com o coração despedaçado, 

Coberto com as negras vestes de luto, 

Levemos seus restos à obscura morada 

E digamos que eles morreram. 

Apenas despiram suas vestes de barro, 

Para revestirem com trajes cintilantes. 

Não foram para longe, não nos deixaram; 

Não se perderam; nem mesmo partiram. 

Por vezes sentimos na fronte febril, 

Suave carícia ou balsâmico alento; 

É que nosso espírito ainda os vê, 

E nosso coração se conforta e tranquiliza. 

Sempre juntos a nós, embora invisíveis, 

Continuam esses queridos espíritos imortais; 

Pois, em todo o infinito Universo de Deus, 

Só existe Vida - NÃO EXISTE MORTE.



Ultimamente algumas perdas tem me forçado a pensar na vida e morte. É na morte que percebemos o quanto somos frágeis. Alguns desses pensamentos infelizmente inundam meu coração de tristeza, por saber que de tudo o que sei nada sei. Gostaria de poder saber o dia de amanhã, para sorrir mais, amar mais, viver mais. Corremos tanto pelos nossos ideais que nos esquecemos de tanta coisa... Eu por exemplo tenho notado que ando sem paciência. E esses dias eu vivi exatamente um trecho de uma música do Legião Urbana: "tentei chorar e não consegui". "O que há de errado comigo?" 
As pequenas coisas não tem me chamado mais a atenção. Não tenho objetivos na vida, apenas o de cuidar da minha filha. Mas as crianças crescem, e eu vou ficar velha e enrugada num canto da casa? Eis uma das muitas dúvidas que mutilam minha mente... 
Bem, deixando os pensamentos de lado, vamos vivendo. Um dia de cada vez. 
Até que o livro que é a vida esteja completo e eu possa escrever em sua última página. 

:-)

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