Com muita correria, tomei um belo banho porque o dia quente tinha me deixado acabada, troquei minha filha, arrumei uma mochilinha com o necessário para ela e fomos para a casa dos amigos. Até então, tudo normal... era o que eu pensava...
O papo corria animado e o meu cansaço não me deixou participar muito dos assuntos. E a minha "obrigação" de mãe também não me deixou "me dar ao luxo" de sentar na roda de amigos e "fofocar".
O marido, certa hora perguntou se eu queria ir embora. O tédio daquele lugar me dava sono... e eu disse "sim, vamos". Daí minha filha fez escândalo pra não vir embora... isso me estressou, me chateou. E ao entrar no carro... SURPRESA! O marido descontente com tal situação começou a reclamar, gritar coisas do tipo "vc não se enturma com ninguém", "que falta de educação essa sua ficar quase dormindo no sofá da sala"... E eu, já magoada, também gritei, tentei argumentar... mas não resolveu.
Entendi que nesse momento nem sempre o que sentimos e expomos vale alguma coisa. Chegamos em casa, chorei, chorei, chorei... Meu consolo foi minha pequena dizendo "não chora, mamãe, eu to aqui". E ele?? Foi dormir, tranquilamente, sem ao menos lavar os pés (pq ele foi de chinelos ao churrasco). E eu, vim desabafar, pra não explodir de tristeza.
